
INTRODUÇÃO
Alex G. Ramos
O que de fato podemos afirmar da infância de Cristo? Como foi seu desenvolvimento, criação, educação. Jesus teve uma infância normal, igual a de qualquer criança. Embora a bíblia resume em poucas palavras esses fatos, porém se recorremos a cultura judaica e também aos estudos da arqueologia podemos fazer uma análise que nos dará mais informação a esse respeito. Embora, alguns preferem dizer que Cristo foi um ser da mitologia grega, já outros o caracterizam como apenas mais um personagem das histórias bíblicas e o consideram como apenas um dos profetas. Pintores, cineastas, ilustradores famosos, que tiveram o cuidado de retratar a história de Cristo, cometem erros culturais, teológicos e anacrônico, ao relatar Jesus por suas inspirações, sem se dar ao trabalho de estudar a Divindade de Cristo acabam passando uma visão equivocada e desfigurando a imagem de Cristo tornando-o em um ser atemporal.
TEXTOS BÍBLICOS
E, quando acabaram de cumprir tudo
segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré.
E o menino
crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus
estava sobre ele.
Ora, todos
os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa;
E, tendo
ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
E,
regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e
não o soube José, nem sua mãe.
Pensando,
porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e
procuravam-no entre os parentes e conhecidos;
E, como o
não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.
E aconteceu
que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores,
ouvindo-os, e interrogando-os.
E todos os
que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.
E quando o
viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para
conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos.
E ele lhes
disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos
negócios de meu Pai?
E eles não
compreenderam as palavras que lhes dizia.
E desceu
com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu
coração todas estas coisas.
E crescia
Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.
OBJETIVO
Esclarecer e transmitir informação básica a respeito do assunto, dar subsídio teológico, estimular a pesquisa e a livre prática do pensamento com embasamento bíblico, teológico, arqueológico.
A PRATICAR
Jesus viveu sua infância e adolescência perfeitamente normal, como de qualquer criança. Ele brincou, estudou, chorou.
COMENTÁRIO
Alex G. Ramos
Jesus viveu sua infância e adolescência perfeitamente normal, como de qualquer criança. Ele brincou, estudou, chorou, aprendeu a profissão de carpinteiro, foi instruído na educação dos costumes judaicos aprendeu a falar o aramaico, a única diferença que teve das outras crianças era o fato dele ter uma postura ilibada, caráter e conduta de vida que não denotavam impureza, pecado ou rebeldia. O que podemos afirmar que em seus primeiros 12 anos de vida foi que Jesus entendeu que a graça divina estava notoriamente sobre ELE e que tinha o chamado para ser o MESSIAS escolhido por Deus para morrer por nossos pecados.
FUNDAMENTO ARQUEOLÓGICO
Fonte: Rodrigo Silva – Doutor em teologia e Pesquisador Arqueológico
Conforme a tradição, logo após o nascimento de Jesus Ele foi untado com óleo e sal em seguida envolto com talas a criança ficava empacotada para protegê-lo do frio, de insetos e facilitar no transporte.
No oriente médio a escolha do nome da criança estava ligada ao seu caráter ou a história de vida da criança. Isso, justifica porque o anjo mandou colocar o nome da criança de “JESUS” – YESHUA – O Senhor Salva – Mateus 1, 21
Como manda a tradição judaica, no oitavo dia de vida, Jesus foi levado para os Rabinos circuncidá-lo
Ainda sendo criança, já tinha que frequentar as sinagogas, todos os sábados para ler a Toha, adorar a Deus, fazer súplicas e receber educação judaica. Toda comunidade judaica tinha uma escola para instruir suas crianças, embora o percentual de crianças que poderiam ser alfabetizadas era uma minoria. Normalmente uma criança entrava para a Escola dos Rabinos entre 5 e 6 anos e a partir dessa idade tinha já tinha que aprender a prover seu sustento.
Em Mateus 11, 16-17 – Mostra uma típica brincadeira de rua onde as crianças tocam instrumento e imitam as cerimonias dos adultos, as crianças não brincavam de carrinho ou bonecas e nem sozinhas, essas supostas brincadeiras coletivas incentivavam a socialização dos menores dessa foram já se preparavam para a vida adulta.
As crianças frequentavam “A casa do livro” onde aprendiam a ler, escrever, decorar, resolver problemas. Esse era o método pedagógico mais usado naquele tempo
CONCLUSÃO
Não podemos pressupor nada, sem antes ver que há diversidade de opinião, além disso quando se tem registros históricos dos fatos, devemos considerar isso como provas cabais para evidenciar o assunto. Nunca seremos detentores da verdade absoluta, mas sempre seremos absolutos ao pesquisarmos todas as verdades apresentadas, analisar, pesquisar e duvidar são hábitos que sempre nos faz crescer. A falta de documentos e evidências não nos dá o direito de conceber uma opinião pessoal.
As gravuras ilustradas pelos artistas contemporâneos são obras de grande valia e de inestimável valor, mas isso não significa que retratam a realidade evidente.
QUESTIONÁRIO
1 – Com foi a infância de Cristo?
2 – Qual a sua opinião sobre as ilustrações da imagem de Cristo?
3 – Como se divertiam as crianças judaicas?
4 – Faça um resumo sobre a importância da teologia? Dê a sua opinião.
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Nota do autor
A teologia não é um estudo para quem busca defender seu ponto de vista, levando em conta que a bíblia não é um livro para ser apenas lido, mas estudado, para isso a teologia nos ajuda e orienta na interpretação e exposição de textos bíblicos. Além disso, a teologia não mata a espiritualidade, isso é condicional, basta cada um manter sempre seu devocional diário com Deus. E por fim, o teólogo não é um formador de opinião e nem dono da verdade absoluta, mas sim um cristão apaixonado por Deus, e que tem zelo de toda a verdade a respeito do Pai Eterno. Amém!
Seu irmão em Cristo,
Alex G. Ramos